Se fosse politicamente irresponsável
Lula poderia ter propiciado um banho de sangue ao se recusar a ser preso quando
estava no interior do Sindicato dos Metalúrgicos, com prisão decretada por Moro
e autorizada pelo STF.
O erro foi
não ter pedido asilo numa embaixada de um dos países que se opõe à hegemonia
dos EUA. Do outro lado do muro poderia manter a comunicação com os brasileiros.
Mas, optou por não fazer como Getúlio (ainda bem), nem pedir asilo.
Seu gesto de entrar no Sindicado dos
Metalúrgicos propiciou um enorme movimento de massa. Em poucas horas milhares
de pessoas cercaram o sindicato, assim como outras tantas diariamente lhe
saúdam pelos arredores da sede da PF em Curitiba. Se resistisse o movimento de
massa poderia ter aumentado e a truculência do Estado poderia lhe ter atingido
os trabalhadores que o apoiava. Não o fez. Não resistiu.
Eu preferiria que Lula fosse mais
aguerrido. E, aí, talvez não merecesse o Prêmio Nobel da Paz. Conciliou demais.
E, por suas decisões e posições merece o Prêmio Nobel da Paz
De acordo com o estatuto da
Fundação Nobel, uma candidatura válida para o Prêmio Nobel da Paz requer
assinatura de membros de assembleias nacionais e governos nacionais (membros do
gabinete ou ministros) de estados soberanos, bem como atuais chefes de
Estado; membros do Tribunal Internacional de Justiça em Haia e do Tribunal
Permanente de Arbitragem em Haia; membros do Institut de Droit International; professores
universitários, professores eméritos e professores associados de história,
ciências sociais, direito, filosofia, teologia e religião; reitores
universitários e diretores de universidades; diretores de institutos de
pesquisa da paz e institutos de política externa; pessoas que receberam o
Prêmio Nobel da Paz; membros da diretoria principal de organizações que
receberam o Prêmio Nobel da Paz; membros, ex-membros e ex-assessores do
Comitê Norueguês do Nobel
Como professor universitário pude
subscrever o pedido endereçado ao Comitê Norueguês do Nobel.
O Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez
Esquivel lidera a campanha. E me sinto muito confortável em sua companhia.
Esquivel e os demais apoiadores consideram que Lula foi um lutador incansável
contra a fome e a pobreza, e que sua trajetória o transformou em um líder
mundial pela paz e pela dignidade humana.
A campanha internacional para
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja contemplado com
o Prêmio Nobel da Paz em 2019 está em etapa de formalização. O ativista
argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o prêmio em 1980, tem trabalhado
para reunir assinaturas de indivíduos que se encaixam nos critérios
estipulados pela organização a fim de oficializar a candidatura. Os
critérios estão listados no link da Fundação Nobel que se encontra abaixo.
A ideia é que o formulário postado na página do Comitê Norueguês do Nobel
seja assinado até 31 de janeiro de 2019.
Cerca de meio milhão de pessoas aderiram à campanha nas primeiras
semanas. E o número de pessoas qualificadas a fazê-lo vem aumentando.
Os erros políticos cometidos por Lula e pelo PT foram muitos. Excederam
na capacidade de conciliação e de atuação fora dos princípios que deles
esperávamos. Mas, nada justifica as atrocidades a que está sendo submetido em
prejuízo da democracia, do Estado de Direito e da dignidade da pessoa humana. O
que se faz com Lula é apenas o prenúncio do que farão com o povo brasileiro,
notadamente os trabalhadores, os moradores de favelas e periferias e os
excluídos.
Veja as categorias admitidas a assinar e o formulário no link a seguir: https://www.nobelpeaceprize.org/Nomination/Nominator-application-form
Com informações obtidas no jornal Brasil de Fato online: https://www.brasildefato.com.br/2018/11/22/candidatura-de-lula-ao-nobel-da-paz-2019-sera-formalizada-ate-janeiro-entenda/
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