Ele voltará!
“Não há pasárgada para
Galileus”. Vamireh Chacon
Nesta data, 24/01/2019,
o deputado federal Jean Wyllys anuncia que não assumirá o terceiro mandato de
deputado federal para o qual foi eleito no ano passado. Encerrará sua carreira política
neste segundo mandato, mudará para a Espanha e trilhará vida acadêmica. Tudo
por causa de ameaças.
É óbvio que o deputado vem sofrendo ameaças e que o grupo que chega ao poder está enfiado até a raiz do cabelo com grupos paramilitares truculentos que engordam suas receitas com extorsões diversas.
Não faltam milicianos com fortes relações políticas e políticos da “nova era” apoiados em milicianos para manutenção de suas bases eleitorais e enriquecimento.
É óbvio que o deputado vem sofrendo ameaças e que o grupo que chega ao poder está enfiado até a raiz do cabelo com grupos paramilitares truculentos que engordam suas receitas com extorsões diversas.
Não faltam milicianos com fortes relações políticas e políticos da “nova era” apoiados em milicianos para manutenção de suas bases eleitorais e enriquecimento.
Mas, não é ameaça o que
leva o deputado a abdicar de assumir o 3º mandato. Há razões diversas e nenhuma
delas é explicitada no jogo político que o renunciante alega.
Jean Wyllys é um jogador. E dos bons. No BBB-5 jogou com todos os participantes e com o público. Declarando-se perseguido nos primeiros dias do Reality Show chamou para si a atenção e se colocou como vítima, ganhou a afeição do público e evitou a eliminação.
Candidato a deputado federal em 2010 teve 13.016 votos. Foi eleito graças às sobras, por haver o mais votado do partido superado em muito o quociente eleitoral.
Na eleição de 2014 teve 144.770 votos, decuplicando sua base eleitoral (acréscimo de 1112%, ou seja, um mil cento e doze por cento).
Na eleição de 2018 seu eleitorado minguou para 24.295 votos. De novo foi eleito pelas sobras (seu eleitorado minguou para 16,78% da eleição anterior).
A base eleitoral do deputado desapareceu. Parte dela decorrente de suas posturas autoritárias que aponta o dedo para quem dele discorda e acusa homofobia ou “homofobia mal disfarçada”, seja qual for o tema da discussão. Ainda que o assunto seja a Venezuela (onde se coloca ao lado dos interesses dos EUA) ou sionismo da direita israelense. Basta discordar do deputado para ser chamado de homofóbico. Testemunhei tal ocorrência. Jean Wyllys chegou a fazer visita de apoio a Israel em momento de assassinato de palestinos e não se vexa da defesa do sionismo.
O motivo da abdicação de Jean Wyllys não são as ameaças que está sofrendo. Tampouco as ameaças aos seus familiares. Afinal, deixará o país, mas seus familiares ficarão.
Jean Wyllys joga. Deixa o mandato espetacularmente. O espetáculo é a profissão do BBB mais inteligente dentre os “heróis” de Pedro Bial. O deputado não mais tem espaço dentro do PSOL, partido pelo qual se elegeu 3 vezes. Sua ida para o PT é certa. Mas, como sair de um partido no qual se elegeu pelas sobras e integrar outra agremiação? O partido poderia lhe pedir o mandato. Brigar para sair poderia não ter bom resultado.
O suplente do deputado Jean Wyllys é David Miranda, casado há 13 anos com Glenn Greenwald, o jornalista americano que revelou em 2012, com Edward Snowden, o alcance das ferramentas de vigilância global dos Estados Unidos. Ele recebeu 17.356 votos. Compõem o mesmo segmento identitário e não deixará seu eleitorado sem representação. O mandado ficará em boas mãos.
Depois da visibilidade no BBB-5 Jean Wyllys terá agora visibilidade internacional. Com a rede de apoio internacional poderá melhor defender os interesses imperialistas e o sionismo assassino de palestinos.
Em 2022 Jean Wyllys estará de volta. Pelo PT. Para aproveitar o desgaste do governo Bolsonaro ou de quem lhe suceder e as glórias decorrentes da redenção do petismo que - defensor da ordem - deverá fazer o mesmo que fez por 13 anos.
O deputado diz que abdica de seu mandato porque não conseguiu ver o eclipse da lua em razão da ausência momentânea de seus seguranças. A ausência de segurança se resolve chamando-os. Além disto, quem quer ser Galileu não pode querer Pasárgada. Ética implica em fazer opção e suportar as consequências decorrentes da escolha. O deputado é um jogador. E dos bons. Está jogando. Vamos ver se ganhará. A sorte está lançada. The winner takes it all! The loser...
Jean Wyllys é um jogador. E dos bons. No BBB-5 jogou com todos os participantes e com o público. Declarando-se perseguido nos primeiros dias do Reality Show chamou para si a atenção e se colocou como vítima, ganhou a afeição do público e evitou a eliminação.
Candidato a deputado federal em 2010 teve 13.016 votos. Foi eleito graças às sobras, por haver o mais votado do partido superado em muito o quociente eleitoral.
Na eleição de 2014 teve 144.770 votos, decuplicando sua base eleitoral (acréscimo de 1112%, ou seja, um mil cento e doze por cento).
Na eleição de 2018 seu eleitorado minguou para 24.295 votos. De novo foi eleito pelas sobras (seu eleitorado minguou para 16,78% da eleição anterior).
A base eleitoral do deputado desapareceu. Parte dela decorrente de suas posturas autoritárias que aponta o dedo para quem dele discorda e acusa homofobia ou “homofobia mal disfarçada”, seja qual for o tema da discussão. Ainda que o assunto seja a Venezuela (onde se coloca ao lado dos interesses dos EUA) ou sionismo da direita israelense. Basta discordar do deputado para ser chamado de homofóbico. Testemunhei tal ocorrência. Jean Wyllys chegou a fazer visita de apoio a Israel em momento de assassinato de palestinos e não se vexa da defesa do sionismo.
O motivo da abdicação de Jean Wyllys não são as ameaças que está sofrendo. Tampouco as ameaças aos seus familiares. Afinal, deixará o país, mas seus familiares ficarão.
Jean Wyllys joga. Deixa o mandato espetacularmente. O espetáculo é a profissão do BBB mais inteligente dentre os “heróis” de Pedro Bial. O deputado não mais tem espaço dentro do PSOL, partido pelo qual se elegeu 3 vezes. Sua ida para o PT é certa. Mas, como sair de um partido no qual se elegeu pelas sobras e integrar outra agremiação? O partido poderia lhe pedir o mandato. Brigar para sair poderia não ter bom resultado.
O suplente do deputado Jean Wyllys é David Miranda, casado há 13 anos com Glenn Greenwald, o jornalista americano que revelou em 2012, com Edward Snowden, o alcance das ferramentas de vigilância global dos Estados Unidos. Ele recebeu 17.356 votos. Compõem o mesmo segmento identitário e não deixará seu eleitorado sem representação. O mandado ficará em boas mãos.
Depois da visibilidade no BBB-5 Jean Wyllys terá agora visibilidade internacional. Com a rede de apoio internacional poderá melhor defender os interesses imperialistas e o sionismo assassino de palestinos.
Em 2022 Jean Wyllys estará de volta. Pelo PT. Para aproveitar o desgaste do governo Bolsonaro ou de quem lhe suceder e as glórias decorrentes da redenção do petismo que - defensor da ordem - deverá fazer o mesmo que fez por 13 anos.
O deputado diz que abdica de seu mandato porque não conseguiu ver o eclipse da lua em razão da ausência momentânea de seus seguranças. A ausência de segurança se resolve chamando-os. Além disto, quem quer ser Galileu não pode querer Pasárgada. Ética implica em fazer opção e suportar as consequências decorrentes da escolha. O deputado é um jogador. E dos bons. Está jogando. Vamos ver se ganhará. A sorte está lançada. The winner takes it all! The loser...
Nenhum comentário:
Postar um comentário