“O retângulo verde é a representação da Casa
Real de Bragança, da qual veio D. Pedro I, e o losango amarelo, da Casa
Imperial de Habsburgo, da qual pertencia a Imperatriz Leopoldina.
“A Casa
de Habsburgo chegou a governar quase toda a Europa em certo período histórico.
Mas era malvista pela realeza europeia, pois a acusavam de usar suas mulheres
nas barganhas políticas. Esta prática se consolidou nas relações da elite
política brasileira”.
Nas
escolas se ensina que o verde da bandeira brasileira representa as matas; o
amarelo, o ouro; o azul, o céu, e o branco, o desejo de paz. Poucos brasileiros
são capazes de dizer a cor das letras da frase positivista “Ordem e Progresso”,
bem como a origem do termo criado por Augusto Comte, o fundador da Sociologia
que o governo Temer, numa reforma da legislação sem prévio debate com a
sociedade, suprimiu da formação estudantil.
É
estarrecedor que um ministro semiletrado tenha recepcionado o ‘Projeto
Alexandre Frota’ e o transformado em base para a Educação nacional. As cores da
bandeira não representam o que muitos continuam a repetir ao longo da vida.
Militares são ensinados a se enrolar nela e são infantilizados para não
perceber em nome de que interesses dedicam suas inglórias vidas funcionais.
O
retângulo verde é a representação da Casa Real de Bragança, da qual veio D.
Pedro I, e o losango amarelo, da Casa Imperial de Habsburgo, da qual pertencia
a Imperatriz Leopoldina.
A Casa de
Habsburgo chegou a governar quase toda a Europa em certo período histórico. Mas
era malvista pela realeza europeia, pois a acusavam de usar suas mulheres nas
barganhas políticas. Esta prática se consolidou nas relações da elite política
brasileira.
Quando da
Revolução de 30, Getúlio Vargas interveio em todos os estados da federação e
nomeou tenentes para os seus governos, exceto em Minas Gerais, onde reconheceu
a validade da eleição de Olegário Maciel. Mas teve o cuidado de substituir as
tropas trazendo militares da sua confiança oriundos do Rio Grande do Sul. Não
faltaram tradicionais famílias mineiras promovendo o acasalamento de suas
filhas com estes militares, a fim de se aliarem às hostes governistas.
Uma
revista semanal de circulação nacional que está nas bancas noticia em sua capa:
“Marcela Temer, a aposta do governo.” E complementa: “Com sua agenda de
aparições nacionais, a jovem e bela primeira-dama vira a grande cartada do
Palácio do Planalto para tirar a popularidade do atoleiro.”
É
vergonhoso para o jornalismo o que está estampado. Será muito mais vergonhoso
para o presidente golpista se efetivamente estiver usando a imagem de sua jovem
mulher, “bela, recatada e do lar”, para alavancar popularidade na falta de um
programa de governo.
Publicado originariamente
no jornal O DIA, pag. 9, em 03/01/2017. Link: http://odia.ig.com.br/opiniao/2017-01-03/joao-batista-damasceno-as-cores-do-brasil.html
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