TRE e fascismo.
Na última
eleição presidencial um membro do TRE divulgou nas redes sociais ficha criminal “fake” da presidenta Dilma.
Simultaneamente
o TRE transferiu seções eleitorais da Vila Aliança, Zona Oeste do Rio de
Janeiro, entre o primeiro e segundo turno, para o Centro de Bangu, criando
embaraço para os eleitores que teriam que tomar dois ônibus para votar.
O assunto foi denunciado pela imprensa e o TRE voltou atrás. De outro modo o
prejuízo eleitoral de quem obteve relevante votação naquelas seções seria
notável. Perderia a democracia.
Agora, o TRE promove perseguição aos alunos que colocam bandeiras
antifascismo nos centros acadêmicos e nas unidades onde estudam.
Fiscais do TRE entraram em sala de aula na Faculdade de Direito da UFF e
questionaram o conteúdo das aulas. Não se tem notícia de ocorrência desta
natureza em vida democrática. Além de não portarem mandados (diziam ter mandado
verbal. Sic!) os fiscais não sabem o que é autonomia didático-científica.
Na Faculdade de Direito da UFF não havia qualquer referência a
candidato. Apenas uma bandeira com emblema antifascista. Quem foi o candidato
que vestiu a carapuça do fascismo e pediu a retirada de cartazes e bandeiras
antifascistas? Ou não houve pedido de candidato algum, ainda que fascista, mas,
o TRE assumiu a defesa - ex officio - do fascismo?
Não há lei que defina a competência da Justiça Eleitoral. Ela se atribui
a competência que acha que deve ter. A Justiça Eleitoral foi criada pelo
Decreto nº 21.032 de 24 de fevereiro de 1932, para arbitrar conflitos nos
pleitos eleitorais. Não há lei que atribua à Justiça Eleitoral o
papel de guardiã da democracia, nem do fascismo.
Mas, o problema não é dos fiscais que atuam, aparentemente à margem da
legalidade, assim como o problema criado pelo cachorro não é dele. É do seu
dono e de quem o instiga. A
ação dos fiscais do TRE na Faculdade de Direito da UFF estimulou alunos de
outras faculdades e universidades a se manifestarem contra o fascismo.
Pelo Estado de Direito!
Pela Democracia!
Pela liberdade de expressão!
O assunto foi denunciado pela imprensa e o TRE voltou atrás. De outro modo o prejuízo eleitoral de quem obteve relevante votação naquelas seções seria notável. Perderia a democracia.
Pelo Estado de Direito!
Pela Democracia!
Pela liberdade de expressão!
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